Cláudia Maria Alves Pereira, ex-aluna de escola-classe e escola-parque em Brasília, em seus primórdios, e, portanto, aluna pioneira da Capital, visto ter chegado aqui em 1960, com a sua família, proveniente de Lavras, sul de Minas Gerais, sua terra natal. Revela ter sofrido forte influência barroca de sua infância em Minas. Filha de classe média, tem na família um inusitado histórico de escolaridade, pelo menos para a época: seu avô cursou faculdade, tanto quanto seu pai, e sua mãe fez o curso normal. Considera que sua vida desenvolveu-se em ciclos: em Lavras, em Brasília, no Rio de Janeiro – onde se graduou em Sociologia – e novamente em Brasília.

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Começa discorrendo sobre fatos de sua vida pessoal – o ambiente cultural privilegiado reinante na sua família, o entusiasmo de seu pai com a nova Capital, etc. – e o processo de transferência da família para Brasília. Seu relato sobre a escola-classe e, em especial, a escola-parque, é abrangente e minucioso, pois revela toda a influência desses estabelecimentos, das atividades ali desenvolvidas, na sua formação pessoal. Pode-se dizer que a entrevista está centrada no cotidiano da escola-parque: sua estrutura; seu funcionamento; suas múltiplas atividades; sua proposta de ensino; os aspectos integração, relacionamento e socialização. A entrevista é, basicamente, o relato de uma vivência intensa, de uma experiência gratificante, de quem conheceu e se identificou com o modelo educacional presente na escola-parque.

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