Entrevistado:

120.2.C5 - Cosette Martins Ramos

Data da entrevista: 23/05/2003

Entrevistadores(as): Revisores da transcrição de materiais:
Função, Escola, Período
Função Escola Período
Aluno(a) ESCOLA CLASSE 308 SUL 1960
Professor(a) JARDIM DE INFÂNCIA DA ESCOLA NORMAL DE BRASÍLIA 1962

Biografia

A professora Cosete Martins Ramos chegou em Brasília em fevereiro de 1960; seu pai era deputado federal pelo Rio Grande do Sul e sua mãe foi professora da CASEB, tendo prestado o concurso nacional para seleção de docentes. Sua identificação com a área de educação está expressa na transferência solicitada: do curso de Direito para a recém-fundada Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. Participou, como aluna, da inauguração da CASEB, no dia 16 de maio de 1960. Integrou o grupo inicial de mestras formadas em Brasília – eram apenas nove – tendo sido oradora da turma. Tornou-se professora – foi a primeira professora da Escola de Aplicação – atuando na rede oficial de ensino. Apresenta uma produção didático-literária extensa, com cerca de cinqüenta livros escritos, tendo como principal tema a educação. Realiza palestras dentro e fora de Brasília.


Áreas de atuação
  • Escola de Aplicação

Resumo

A entrevistada discorre, inicialmente, sobre a sua vinda para Brasília, o surgimento da CASEB, a emoção por integrar a primeira turma de professoras aqui formadas. Em relação à CASEB, fala da inauguração festiva e emotiva, com conteúdo histórico e simbólico. A emoção que pairava no ar e atingia a todos, do presidente aos alunos. Aborda, a seguir, a fundação de um grêmio estudantil na CASEB e o ideal de ajudar a transformar o estabelecimento em referência na educação nacional. Relaciona aspectos de ordem didática e geral que tornavam a CASEB diferente das outras escolas brasileiras, à época: educação integrada; trabalho em equipe; criatividade; educação pública democrática; excelência da educação e qualidade do ensino como metas; esforço educacional focado no aluno, que ocupava o centro do processo; concepção de ensino segundo o qual o professor era o facilitador da aprendizagem; busca do desenvolvimento intelectual para cada aluno, conjugado com o desenvolvimento cultural, social e físico desse mesmo educando; relações afetivas entre professores e alunos; orientação educacional; estudo livre; atividades extra-classe: oficina, laboratório, clube para cada disciplina; horário integral com disciplinas da parte geral e outras da parte profissional. A seguir, a descrição da formatura das primeiras mestras de Brasília, entre as quais se inclui; oradora da turma, recebe do Presidente um legado e um desafio, de que presta contas 30 anos mais tarde, às normalistas de Brasília. Menciona o início de sua atividade docente na Escola de Aplicação; aborda iniciativas pioneiras da Escola Normal no plano didático e comenta sobre o “sonho da educação de Brasília”. Na segunda parte da entrevista, com perguntas e respostas, tece considerações, inicialmente, sobre o ensino médio, notadamente a sua estrutura e os desafios diante do crescente adensar da população estudantil; ainda no que concerne ao curso normal e à Escola de Aplicação, refere-se à educadora Ana Bernardes da Silveira Rocha. Particulariza, ao se deter na Escola de Aplicação, técnicas didáticas que imprimiam qualidade à educação de Brasília: debates, júri simulado, aprendizagem temática, aprendizagem por projetos e aprendizagem por imersão.

Local da entrevista: Brasília - DF

Palavras chave

Observação


Voltar