Entrevistado:

120.1.S4 - SANTA SOYER

Data da entrevista: 24/01/1990

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Função, Escola, Período

Biografia

A professora Santa Alves Soyer é goiana da cidade de Inhumas e já lecionava em Goiânia quando recebeu convite do Dr. Ernesto Silva, então diretor administrativo da Novacap, para vir integrar o corpo docente pioneiro de Brasília. Deixou a direção de uma escola pública em Goiânia e a assessoria do então Secretário de Educação de Goiás para assumir a função de professora - em seguida, diretora – da primeira escola do Distrito Federal, o Grupo Escolar – 1 – GE 1 - Júlia Kubitschek. Pouco tempo depois foi designada coordenadora geral das escolas organizadas e mantidas pela Novacap. Tornava-se responsável por um total de 16 escolas que foram surgindo entre janeiro de 1958 e abril de 1960 que, ao passar para a CASEB, em 21 de abril de 1960, somava 66 professores e 3.690 alunos.
Santa Alves Soyer fez o curso normal e cursos de aperfeiçoamento em direção, orientação e supervisão pedagógica no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Salvador.
Na CASEB permaneceu como coordenadora do ensino primário. Chegou a acolher, em sua residência, em determinado período, a Secretaria de Educação, quando esta não possuía um local para funcionar. Foi na sala de sua casa que passou o comando para a professora Helena Reis. Integrou o Conselho de Educação da Fundação Educacional.
Até se aposentar exerceu funções administrativas, tendo assessorado todos os diretores da Fundação Educacional do período. Foi pioneira, também, do ensino supletivo no Distrito Federal, exercendo a coordenação das escolas do segmento, assim como das escolas da zona rural. Ao se aposentar, trabalhava com o diretor do Departamento de Orientação Educacional da Fundação.


Áreas de atuação

Resumo

A entrevistada, professora Santa Alves Soyer, descreve os antecedentes de sua vinda para Brasília, em dezembro de 1957. Alude ao convite recebido do doutor Ernesto Silva, diretor administrativo da Novacap; aos preparativos; às expectativas; à viagem e à chegada; à adaptação; ao início das atividades. Fala de sua vocação para o magistério, em especial para a educação infantil, fala dos cursos que realizou, de aperfeiçoamento, e fala, principalmente, da escolha de seu nome para exercer a direção da escola Júlia Kubitschek, escola pioneira do sistema educacional do Distrito Federal e, em seguida, para a coordenação geral das escolas a cargo da Novacap. Relembra o improviso daqueles tempos, em que tudo por aqui era provisório, inclusive o sistema educacional, que, no entanto, já estava sendo instituído segundo os princípios de Anísio Teixeira.\r + + +\r + + +
A entrevistada menciona a seriedade presente na seleção de professoras, sua qualificação, exigências, e manifesta sua mágoa com as críticas injustas segundo as quais o corpo docente da Novacap não seria assim tão bem preparado. Ao abordar a escola pioneira Júlia Kubitschek, enumera as outras escolas que foram surgindo na medida das necessidades, ou seja, com o adensamento populacional e com a proliferação de acampamentos. Relata aspectos inusitados como a ocorrência de aulas no gabinete do diretor executivo da Novacap, durante a construção da primeira escola; o lanche debaixo das árvores; o processo de escolha das primeiras mestras. Fala de sua ascensão no sistema; das responsabilidades assumidas; das atividades desenvolvidas, de como e por que resolveu aceitar o desafio e como o enfrentou, de caminhão, de jeep, na poeira, no cerrado... menciona o trabalho na CASEB; o assessoramento às sucessivas diretorias da Fundação Educacional; a coordenação do ensino supletivo e das escolas rurais.

Local da entrevista: Brasília - DF

Palavras chave

Observação


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