Maria Marta Cintra, professora pioneira do sistema educacional do Distrito Federal, prestou o concurso nacional para integrar o corpo docente na nova Capital, tendo sido aprovada. Chegou em 1960 e foi lecionar na escola de um acampamento; pouco depois, integrava o grupo de 12 professoras que deram as primeiras aulas na escola-classe da 106 sul.
Natural de São Bento do Una, no agreste meridional de Pernambuco, considera que a necessidade, no seu caso, talvez mais do que eventual idealismo, foi determinante na decisão de se aventurar, sozinha, por essa região central do país. Considera que seu posicionamento político pode ter bloqueado o acesso a maiores oportunidades no meio educacional, mas não desconhece que participou de uma experiência educacional inovadora.

A entrevistada aborda as circunstâncias que envolveram sua vinda para Brasília, as dificuldades, inclusive de ordem financeira, e o significado de sua aprovação no concurso nacional instituído para dotar a emergente Capital de um corpo docente de qualidade. Revela a entrevistada, ainda, que isso foi motivo de orgulho não apenas para ela própria e sua família, mas também para a cidade.\r +\r + + +
Em seguida, discorre sobre a chegada a Brasília; o entusiasmo; os desafios profissionais e próprios do grau de improviso em que a cidade estava; o seu início da atividade docente; aspectos positivos e negativos daquele momento tão fértil no terreno educacional. Registros importantes são feitos pela entrevistada acêrca do clima de integração entre classes sociais distintas, no início de Brasília, e acêrca da progressiva desvalorização do magistério.\r +\r + + +

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