Entrevistado:

120.2.M9 - Marlene Cabrera da Silva

Data da entrevista: 11/10/2006

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Função, Escola, Período
Função Escola Período
Professor(a) ELEFANTE BRANCO

Biografia

Marlene Cabrera da Silva é natural de Marília, interior de São Paulo. Cursou o então colegial e o científico na capital do estado, onde também cumpriu três anos de estudo em Filosofia na USP, transferindo-se, em seguida, para sua cidade natal quando lá a Unesp abriu um campus oferecendo curso de Pedagogia.\r +
Casou-se em julho de 1963 e, já no mês seguinte, estava em Brasília acompanhando o marido, odontólogo, que aqui vinha implantar uma área então inusitada: a odontopediatria.\r +
Indicada por amigos, submeteu-se a teste e entrevista no Elefante Branco, onde passou a lecionar integrando o departamento de Ciências Sociais, ou seja, lecionando Filosofia para o clássico (duas modalidades), científico (idem), normal (depois lecionou Sociologia para as professorandas), e cursos técnicos, como a Eletrônica, a Contabilidade e o Secretariado.\r +
Foi fundadora do CEUB mas permaneceu no Elefante por muitos anos, até que se transferiu para o MEC – um departamento chamado DPO – já na condição de técnica de educação concursada. Atuou, primeiramente, na área da coordenação do ensino primário.\r +


Áreas de atuação
  • Ciências Sociais (Filosofia)

Resumo

A entrevistada relata, inicialmente, o processo de formação escolar e acadêmica; a vinda para Brasília, acompanhando o marido, profissional liberal, e o ingresso no Elefante Branco, onde passou a integrar o departamento de Ciências Sociais, lecionando Filosofia para os cursos abrigados no Elefante.\r + + + +
Ao abordar a sua formação em nível de colegial e científico, destaca a erudição ali presente, ilustrando até com a lembrança de uma pesquisa em torno de uma expressão-chave do pensamento de Santo Agostinho. Na mesma linha, comenta que nem mesmo na universidade encontrou o nível intelectual e o padrão acadêmico de seus alunos no Elefante Branco, que, segundo ela, “liam Sartre em francês”.\r + + + +
Reportando-se à escassez de professores naquele início, envolvendo praticamente todas as áreas, faz menção aos cursos noturnos da CADE – um programa de formação de professores em bases rápidas, com uma carga maciça de informação, porém, com uma conformação metodológica – um curso de trinta dias com inspiração escola-novista – visando credenciar professores para atender às crescentes necessidades.\r + + + +
Fala, a seguir, das perspectivas ideológicas, sindicais, reivindicatórias do professorado daquela época e, em especial, de que forma e em que extensão foi a categoria atingida pelo golpe de 1964.\r + + + +
Ao longo da entrevista, a professora Marlene Cabrera relembra alunos que hoje ocupam lugar de destaque na sociedade, assim como colegas, professores daquele início do sistema educacional em Brasília que se tornaram referências em suas respectivas especialidades. Lembra, também, de integrantes da cúpula da educação no DF que, na sua opinião, nem sempre acompanharam o movimento inovador capitaneado pelo ideário de Anísio Teixeira. Aliás, em sua opinião, a escola-novista de Friburgo, no estado do Rio de Janeiro, foi muito mais o modelo daquele primórdio do que o pensamento e as experiências de Anísio.\r + + + +

Local da entrevista: Brasília - DF

Palavras chave

Observação


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