Maria Coeli de Almeida, nascida em Belo Horizonte, em 1942, veio para Brasília em 1960, uma semana antes da inauguração da nova Capital do Brasil. Estudou na CASEB quando ali ainda funcionava o curso normal, tendo sido aluna da primeira turma de formandos da Escola Normal de Brasília. Filha de educadores, atribui às suas origens familiares a sua reconhecida sensibilidade, tanto no que concerne à maneira de encarar o universo educacional como a compreensão da vida, do mundo, da natureza e do ser humano. Feminista desde a década de 70, é avó de quatro netos, enveredou definitivamente pelo caminho da Arte através de filmes retratando a saga brasiliense, como “CASEB, 30 anos”, “A História do Núcleo Bandeirante”, “A História de Brazlândia” e, principalmente, “Honestino”.

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A entrevistada relata sua história pessoal – a infância; a influência profunda de um ambiente culturalmente elevado, com pai e mãe dedicados a uma obra meritória no campo assistencial; educação refinada; os tempos da CASEB, da Escola Normal de Brasília e, posteriormente, da UnB, que compuseram um acervo cultural extraordinário, com a lembrança de aulas e experiências enriquecedoras. Refere-se, ainda, à sua trajetória profissional, política, de cidadã consciente, de pioneira que vivenciou o improviso, as dificuldades, mas também os sonhos, a utopia, a riqueza da construção e dos primeiros tempos de uma cidade concebida a partir de dois gênios – Niemeyer e Lúcio Costa – e da determinação de um estadista – Juscelino Kubitschek.

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